segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Homenagem a Getúlio

Os herdeiros de Getúlio
História
No dia 24, completam-se 53 anos da morte do pai do trabalhismo


A última eleição para presidente trouxe Getúlio Vargas de volta à discussão nacional. No próximo dia 24, sexta-feira, completam-se 53 anos do suicídio do ex-presidente.

Nesse decurso, porém, o pai do trabalhismo brasileiro não foi esquecido. E, curiosamente, nunca foi tão lembrado como agora. Para comprovar o fato, basta prestar atenção em algumas lideranças políticas do país.

O nacionalismo voltou com força ao discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobretudo após a polarização do segundo turno, na eleição de outubro passado. A importância do capital nacional, a manutenção das empresas estatais, os programas de renda mínima - mais precisamente o Bolsa Família - e a forte política de assistência social, calcadas no ideário do getulismo, voltaram a fazer parte da agenda política do país. O trabalhismo, a cultura política personificada por Getúlio, mudou o país. Montou o Brasil que conhecemos hoje, tanto administrativa como economicamente, incentivando a industrialização.

Como o próprio nome indica, as leis trabalhistas, instituindo benefícios como férias e 13º salário, são as mais lembradas contribuições de Getúlio. Mesmo com propostas de flexibilização na pauta do Congresso, permanecem inalteradas.

Os detratores, porém, utilizam outro nome para esse tipo de governo: populismo. Uma administração populista seria caracterizada pelo exagero das promessas, feitas na medida para agradar a população. Para seus opositores, o presidente Lula seria um herdeiro de Vargas nesse aspecto. Desde o início do regime militar, o atual governo foi o que abriu maior espaço para os trabalhistas. O partido que, a partir de 1980, tem representado de maneira formal o legado do trabalhismo é o PDT. O ministério do Trabalho é ocupado pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi.

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