quinta-feira, 10 de junho de 2010

PDT faz 30 anos lançando Dilma presidenta


O PDT comemora seus 30 anos, com uma grande convenção nacional, à qual deverão comparecer cerca de quatro mil pessoas, neste sábado, 12 de junho, no Espaço das Américas, em São Paulo.

Na ocasião, o partido de Leonel Brizola formalizará seu apoio à candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República e traçará sua política de alianças estaduais e nacionais para as eleições de três de outubro, quando espera fazer uma bancada de 45 a 50 deputados federais.

As comemorações do 30° aniversário do PDT ainda incluem o lançamento do novo portal na internet (www.pdt.org.br) e a revista “Brava Gente”. O portal foi concebido para, além de dar informações, notícias e análises partidárias e da realidade nacional e internacional, facilitar as filiações, organizar a militância e o envio e recebimento de correspondência, através da maximização do uso de e-mails.

Quanto à nova revista, “Brava Gente”, que se propõe a sair trimestralmente, com tiragem inicial de cinco mil exemplares, vai abordar assuntos palpitantes, como a crise financeira mundial e suas repercussões, o Pré-Sal, a sucessão, e a história do PDT, fundado ainda como PTB, em Lisboa, em pleno exílio, em 1979, com artigos de Alceu Collares, Cristovam Buarque, Brizola Neto e Manoel Dias.

A política de alianças, outro item importante da convenção, seguirá a tradição do partido de respeitar as peculiaridades nacionais, mas sempre seguindo a orientação nacional, como comentou o secretário-geral nacional, Manoel Dias, de Santa Catarina, para quem, a prioridade partidária é a eleição de uma confortável bancada na Câmara dos Deputados e no Senado.

A Convenção Nacional na cidade de São Paulo/SP, no Espaço das Américas, que fica situado na Rua Tagipuru, 795 – Barra Funda, começará às 10 da manhã, de sábado, 12 de junho, com a seguinte Ordem do Dia:
1)decidir sobre a escolha dos candidatos do PDT a Presidente e Vice-Presidente da República;
2)decidir sobre alianças e coligações;
3)assuntos Gerais e encerramento da Convenção Nacional

O Partido Democrático Trabalhista tem sua origem no esforço de um grupo de brasileiros que, liderados por Leonel Brizola, não deixaria morrer os ideais do trabalhismo. Foi assim que nasceu, em 17 de junho de 1979, em Lisboa, o PDT: fruto do encontro dos trabalhistas no Brasil com trabalhistas no exílio. Sua oficialização, no entanto, só ocorreu no Rio de Janeiro, em 28 de maio de 1980.

No encontro de Lisboa, ao qual estavam presentes, além de Brizola, Doutel de Andrade, Darcy Ribeiro, Neiva Moreira, Matheus Schmidt e o líder português Mário Soares, representando a Internacional Socialista, saiu a Carta de Lisboa, documento histórico que definiu as bases do novo partido. "O novo Trabalhismo" - dizia o documento - "contempla a propriedade privada condicionando seu uso às exigências do bem-estar social. Defende a intervenção do Estado na economia, mas como poder normativo, uma proposta sindical baseada na liberdade e na autonomia sindicais e uma sociedade socialista e democrática.”

A Carta de Lisboa já traçava o caminho deste movimento que, em princípio, visava à revitalização do PTB de Getúlio Vargas, proscrito pelo Golpe de 64. Entretanto, uma manobra jurídica da ditadura, ainda vigente, impediu que o movimento brizolista retomasse a sigla, que foi entregue a um grupo leal ao ancien-règime. Por essa razão, o PTB de Vargas acabou se transformando no PDT, Partido Democrático Trabalhista, também de Vargas, Jango, Brizola e Darcy.

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