quinta-feira, 21 de junho de 2007

PDT Prepara Homenagem a Leonel Brizola


O deputado federal Barbosa Neto (PDT-PR) ocupou a tribuna da Câmara na tarde desta terça-feira para reverenciar a figura de Leonel de Moura Brizola, antecipando-se a outras homenagens que ocorrerão neste dia 21 de junho, quando se completam três anos da morte do grande líder. "Brizola foi um dos políticos mais importantes e populares da história do Brasil, dos poucos que conseguiu realmente ser considerado como um estadista e foi assim recebido na Internacional Socialista", destacou o parlamentar pedetista.
Em seu discurso Barbosa Neto ressaltou outras passagens da biografia do ex-governador gaúcho e fluminense: "A vida de Brizola foi vasta e cheia de significados para todos nós; Brizola da infância miserável, órfão de pai assassinado pelas oligarquias gaúchas; Brizola, jovem impetuoso, ligado às manifestações populares; Brizola no instante decisivo quando juntou-se a Getúlio na década de 40; Brizola líder de uma mobilização nacional contra o golpe de estado que queria impedir a posse de João Goulart na Presidência; Brizola, o combatente da ditadura; o fundador do PDT; Brizola, o estadista da Educação".
Ao finalizar, o deputado Barbosa Neto disse ser grato a Deus por tê-lo conhecido e militado ao seu lado. "Sua melhor inspiração para mim está na imagem-homenagem prestada por um conterrâneo ilustre dele, Luiz Fernando Veríssimo, que já não é só um artista fabuloso, mas tornou-se um de nossos melhores intelectuais. Pois Verísssimo, comentando as várias mortes de Brizola, anunciadas na época da ditadura, desenhou o enterro do velho líder. Uma multidão chorava em seu funeral, mas havia entre eles alguém com um sorriso iluminado e companheiro. O próprio Brizola".
O SURGIMENTO DO PDT - Em julho de 1978, Leonel Brizola realizou em Lisboa um encontro de trabalhistas e socialistas brasileiros com o propósito de fazer renascer o PTB, com um grande número de trabalhistas do Brasil e do exílio para concretizar aquele projeto. Foi aprovada, então, a Carta de Lisboa, com os princípios programáticos que deveriam regar o novo PTB, assentados na representação popular, no pluripartidarismo, no nacionalismo getuliano, no sindicalismo moderno e no desenvolvimento capitalista, orientado pelo Estado.
Promulgada a anistia, Brizola retornou ao Brasil em setembro de 1979. Dedicou-se à reorganização do PTB, no que foi obstado por Golbery, o ideólogo da ditadura, que fez entregar a sigla a um grupo de aventureiros, em cujas mãos ela se converteu em legenda de aluguel, patronal, submissa ao governo e controlada por banqueiros. Recuperando-se rapidamente desse novo golpe do regime militar, Brizola criou o Partido Democrático Trabalhista - PDT. Em sua liderança retomou a militância política, cercado pelos velhos companheiros do trabalhismo e do nacionalismo de Vargas, do reformismo de Jango, que, sob sua condução, transcende para o socialismo democrático, integrado jána Internacional Socialista, da qual Brizola foi eleito Vice-Presidente.

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