Com a presença do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, partidos que compõem o bloco parlamentar de esquerda, na Câmara dos Deputados, lançaram ontem, em Brasília, a Frente de Esquerda, constituída pelo PDT, PSB, PCdoB, PRB, PMN e PHS, que antes constituíam apenas um bloco parlamentar. A frente começa com uma bancada de 73 deputados federais e nove senadores.
“A consolidação da Frente de Esquerda já pode representar um marco na política brasileira. Estamos construindo uma frente que não é eleitoral, mas política, e que tem propostas para fazer o Brasil crescer de forma equilibrada”, destacou Eduardo. A frente anunciou, de imediato, a disposição de ganhar as ruas com um programa alternativo de desenvolvimento nacional. “Nossa missão é ajudar o presidente Lula a consolidar seus compromissos com os segmentos mais necessitados da população brasileira”, disse Eduardo.
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, advertiu que o Brasil não pode continuar na atual estagnação econômica: “Até 1960, a China e a Índia tinham uma economia equivalente à do Brasil, mas hoje o nosso PIB só representa 1/8 do conjunto daqueles dois países”, comparou. A solenidade ocorreu na sede do PDT, presidida pelo Ministro da Previdência e presidente nacional da legenda, Carlos Luppi. Ele ressaltou que a frente se consolida em um ano não-eleitoral, o que reforça o projeto nacional desejado por Leonel Brizola, Miguel Arraes e João Amazonas. Participaram os deputados federais Ciro Gomes (PSB) e Aldo Rebelo (PCdoB), o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende (PSB), e o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB).
Nos discursos, foi reafirmado o comprometimento da Frente de Esquerda em apoiar e defender o Plano de Aceleração do Crescimento. O manifesto da frente prega “o fortalecimento da soberania do país, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração continental”. A frente considera indispensáveis ao projeto de desenvolvimento nacional o conjunto de cinco reformas: a política, a tributária, a universitária, a urbana e a agrária.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
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